Plano de desenvolvimento institucional 2023 a 2027

Autores

Universidade Franciscana
Iraní Rupolo
Solange Binotto Fagan
Viviane Cioccari Dressler

Sinopse

A Universidade Franciscana tem, desde a sua origem, um percurso de mudanças e transformações. As raízes do processo de mudança na Universidade encontram-se na evolução da ciência e do conhecimento científico-tecnológico que movimentam a reorganização da sociedade.  Os diferentes ciclos de transformação social conduzem-se, sobretudo, por interesses e relações de ordem comercial, política, econômica e cultural, enquanto à educação, cabe o complexo posicionamento de, pela formação de pessoas, mediar o progresso social. Entende-se assim que a Universidade, pelo desenvolvimento do universo simbólico que denominamos de mundo intelectual, contribui efetivamente para os avanços sociais.

Desde sua criação aos dias atuais, a Instituição passou por seis importantes períodos histórico-acadêmicos. O primeiro período dessa história constituiu a fase inicial, em que pessoas de influência e credibilidade social agregaram-se para propor à cidade de Santa Maria a criação da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Imaculada Conceição (FIC). O registro de fundação data de 19/12/1953. A necessidade de a área hospitalar ter um serviço profissional de enfermagem resultou no pedido da Direção da Faculdade de Medicina, do Hospital de
Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo e do Bispo de Santa Maria à Sociedade Caritativa e Literária São Francisco de Assis – Zona Norte, pela criação de uma Escola Superior de Enfermagem. Naquela época, as Instituições de Ensino Superior no Brasil caracterizavam-se, basicamente, como faculdades isoladas.

O segundo período iniciou-se com a aprovação da FIC em 21/03/1955, pelo Ministério da Educação, e o funcionamento dos cursos de Pedagogia e Letras Anglo-germânicas, em 27/04/1955, e a autorização da Escola Superior de Enfermagem pelo Ministério da Educação em 16/05/1955, que, posteriormente, passou a denominar-se Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora Medianeira (FACEM). Ambas exerceram relevante função formativa de profissionais professores e enfermeiros.

Do tensionamento permanente entre os diversos segmentos frente a mudanças significativas produzidas pelo processo de avanço cultural, científico e tecnológico, entre outros, novos modos de viver em sociedade foram se constituindo. Isso impulsionou um terceiro período de desenvolvimento institucional em quem pela junção da FIC e FACEM, criaram-se as Faculdades Franciscanas (FAFRA), em 14/11/1995.

A mudança de modalidade acadêmica para Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) por transformação das Faculdades Franciscanas, em 30/09/1998, determina o quarto período, o qual evidenciou a fase de maior impacto no crescimento institucional. Como Centro Universitário por 20 anos, criou 29 cursos de graduação, 6 cursos de mestrado e 2 de doutorado. Para atender a essa demanda, foi ampliada a área física, laboratórios, equipamentos, biblioteca, ambientes administrativos, acadêmicos e de lazer. Desenvolveu-se a iniciação científica,
a pesquisa, a extensão e a internacionalização. A UNIFRA, pela excelência acadêmica, firmou sua identidade universitária e conquistou reconhecimento nacional.

O quinto período inicia-se com a transformação da UNIFRA em Universidade Franciscana (UFN), em 22/03/2018. Como Universidade, desencadeou o ensino a distância, que, embora reduzido quanto ao número de alunos, destaca-se por alto padrão de qualidade. Essa experiência foi essencial para superar o impacto da pandemia, pois a experiência de uso de tecnologias educacionais permitiu a implantação imediata das atividades acadêmicas em modo remoto, sem ocasionar perdas no processo de ensino e aprendizagem. O potencial tecnológico e a experiência pedagógica efetivaram e permitiram à UFN expandir-se pelo Brasil e em outros países, mediante parcerias anteriormente existentes e outras recentemente firmadas. A Universidade proporcionou acolhimento e escuta à comunidade acadêmica como ajuda para superar perdas e dificuldades no período pandêmico. Ainda que em contexto adverso, a Universidade se reinventou na gestão e no trabalho acadêmico por novas metodologias e pelo estímulo ao protagonismo de estudantes, professores, técnico-administrativos e gestores, desenvolvendo formação técnica e pedagógica.

O sexto período inicia-se pelo reconhecimento de Universidade Católica, concedido pelo Arcebispo Metropolitano de Santa Maria. Esse reconhecimento deve-se à excelência acadêmica que a identifica como uma Universidade e integra conhecimento, ciência e fé e, de modo rigoroso e crítico, contribui para o desenvolvimento da dignidade humana e a herança cultural mediante a investigação, o ensino e diversos serviços prestados às comunidades local e internacional.

Com o objetivo de honrar a história e manter o desenvolvimento acadêmico com qualidade, a UFN prossegue neste período. Elaborou, com a participação da comunidade universitária, o plano de gestão estratégica, denominado Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). Os objetivos e as estratégias descritas nesse documento indicam os rumos para a gestão nos próximos anos. Foram definidas estratégias robustas e indicadores de qualidade, entre os quais se destacam novos cursos de graduação, de pós-graduação e de formação continuada. Da dinâmica de pesquisa e desenvolvimento, decorre a instalação do Parque Tecnológico, que proporcionará melhor experiência formativa. Para fortalecer e expandir a identidade e a missão da Universidade, será criado o Instituto Franciscano de Espiritualidade e Humanidades.

Neste Plano Institucional, integram-se o modo operacional e o estratégico para, respeitada a excelência historicamente construída, dar conta das muitas questões dirigidas à Universidade, firmar o posicionamento institucional e projetar com esperança os rumos futuros.

Iraní Rupolo

Reitora

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Publicado

2 janeiro 2023

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