Via Sacra: Silvestre Peciar Basiaco
Sinopsis
Conheci Peciar em agosto de 1975, quando eu ainda era aluno no Centro de Artes e Letras da UFSM. Eram tempos escuros e ele chegava para o autoexílio, vindo de Montevidéu. Buscava condições de vida e algum espaço para realizar seu trabalho: um trabalho, como sempre, comprometido com a criação plástica e a consequente atuação docente. Ele foi acolhido e, fruto de sua inerente gratidão, deixou-nos um legado que, diante dele, nos tornamos devedores. Inseriu-se, à ocasião, de maneira discreta, sutil e, paulatinamente, fomos visualizando sua dimensão maior: o mestre. A partir de 1980, fomos colegas, vizinhos e nos encontrávamos diariamente. Com ele aprendi muito; em minha formação, ele foi decisivo, apesar de nunca ter sido meu professor.