Doença de Alzheimer guia prático multidisciplinar para os cuidadores

Autores/as

Adriane Cervi Blümke
Nadiesca Taisa Filippin
Tereza Cristina Blasi

Sinopsis

Cento e seis anos se passaram após a descoberta da doença de Alzheimer, mas as buscas por diagnósticos mais precisos, pesquisas com novos fármacos, tanto para melhora na qualidade de vida do paciente como para prolongamento e prevenção da doença, estão em constante processo de pesquisa. Em todos os lugares, as pesquisas baseadas na prevalência e incidência dessa demência apontam a perspectiva de seu aumento exponencial, pois o processo do envelhecimento a torna mais presente e se sabe que, com mais de oitenta anos, a probabilidade de desenvolvimento é de 25% e de 50% após os 90 anos. Estamos vivendo mais, portanto a incidência tende a crescer.

Os gastos com essa doença são significativos quando se trata de serviço público de saúde. Para tanto, há preocupação não somente com o paciente que fica incapacitado de realizar atividades fisiológicas básicas conforme o estágio da doença, mas também com os cuidadores, sejam familiares ou não, os quais, muitas vezes, não estão preparados, física e psicologicamente, para conviver e cuidar de alguém que não irá reconhecer ou agradecer os esforços dispensados por ele.

O cuidador, quando bem informado, pode na maioria dos casos contribuir para a manutenção da segurança física, redução da ansiedade e agitação, melhora na comunicação, promoção na independência das atividades de vida diária, autocuidado, atendimento das necessidades sociais e privadas, manutenção de uma alimentação correta, postura corporal, uso correto dos fármacos, higiene bucal e corporal, situações de risco, atividades de lazer, repouso, vestuário, apoio e entendimento do comportamento, carinho e atenção constantes, mas nem sempre isso acontece porque as informações gerais e específicas não são tão claras, ou há certa negação por ser Alzheimer.

O maior consenso e entendimento, quanto ao real papel do cuidador para tornar a vida do paciente melhor, gera muitas vezes dúvidas e conflitos bem pontuais, às vezes de fácil solução. Com a necessidade da troca de informações e de vivências, o dia a dia do cuidador se torna mais leve e suportável diante de tantos vieses apresentados nesta doença, de forma que, quando ele participa de grupos de convivência e esclarecimento, tudo parece mais ameno e claro, logo o entendimento melhora.

Nesse contexto, foi criado o projeto de extensão Assistência Multidisciplinar Integrada aos Cuidadores dos Portadores da Doença de Alzheimer - AMICA, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do cuidador assim como do paciente. O AMICA, diante dos diversos questionamentos feitos pelos cuidadores, buscou formas de amenizar essas dúvidas, passando aos cuidadores o maior número possível de informações e esclarecimentos.

Os integrantes do AMICA, professores e acadêmicos, são responsáveis por transmitir informações técnicas fundamentadas cientificamente aos cuidadores que frequentam o grupo. No decorrer dos encontros realizados, constatou-se a necessidade de desenvolver material educativo de fácil entendimento, com sugestões práticas e suas interferências relacionadas à doença. O manual foi construído de forma integrada, competente e responsável pelos cursos integrantes do grupo. Os cursos da farmácia, fisioterapia, enfermagem, nutrição, odontologia, psicologia e terapia
ocupacional conseguiram descrever de forma simples, sucinta e clara os diversos estágios da doença, as diversas possibilidades de facilitar e
dinamizar as atividades de vida diária do paciente. Portanto, o grupo AMICA, ao construir este instrumento, deseja que ele seja uma referência útil aos cuidados no dia a dia com o paciente.

Tereza Cristina Blasi

Coordenadora do Grupo AMICA

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Publicado

junio 1, 2013

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Detalles sobre esta monografía

ISBN-13 (15)

978-85-7909-040-0

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